O tal do hábito

Todo dia queremos mudar alguma coisa. Mudar o corpo, o cabelo, o emprego e o ambiente. A cada Dezembro revivemos a mesma história de propor uma lista imensa de realizações para que sejam cumpridas no ano seguinte como uma imensa lista de metas. Quase sempre, são desejos que requerem mudança.

A mudança exige movimento. 

A ação ou capacidade de reagir traduz os comportamentos que descrevem os nossos hábitos. Porém quando se trata da mudança somos a pura contradição: 

– “Segunda-feira eu começo a dieta.”

– “No próximo mês eu marco terapia.”

– “Amanhã eu arrumo a casa.”

– “Depois eu marco o médico.”

– “Na próxima semana eu volto pra academia.”

Sempre amanhã ou depois.

Temos o costume de esperar motivações, dias bons e pleno estado de alegria ou satisfação para realizar (e concluir) uma tarefa, mas a verdade é que esse encorajamento não acontece de forma linear. A escolha de criar um hábito e da mudança não deve depender do estado de euforia do momento de decisão mas sim de entender que o processo depende da persistência, da constância, da execução.

Quando dizemos que alguém tem hábito de fazer algo, significa que ele foi capaz de repetir essa ação por tantas vezes que agora ele a domina completamente e que agora ela faz parte de sua rotina e vida.

Hábito, de acordo com o dicionário Michaelis: 

há·bi·to/sm

1. Inclinação por alguma ação, ou disposição de agir constantemente de certo modo, adquirida pela frequente repetição de um ato.
2. Forma habitual de ser ou de agir.
3. Procedimento repetido que conduz a uma prática.

O hábito surge a partir de um olhar atento na necessidade, no desejo da mudança, ou foco em uma resolução ou objetivo, mas sobretudo pela recompensa, sensação de dever cumprido ou satisfação que uma determinada atividade pode proporcionar.

A conquista de novos hábitos garante que nenhum espaço – mente, corpo, casa e planeta – seja perturbado. Tem coisa que não pode ficar pra depois.

– “É preciso estar bem hoje”.

– “É preciso ter saúde hoje.”

– ‘É preciso salvar o planeta hoje”.

É possível listar, no mínimo, algumas dezenas de hábitos saudáveis que podem ajudar nessa jornada. Não é preciso iniciar uma revolução interior, esse percurso em busca do seu melhor começa com pequenas ações, ou mini hábitos.

O hábito formado é construção contínua, adquirido entre tentativas, ajustes e adaptações. São blocos de Lego montados em uma direção. 

Não há atleta no mundo que tenha conquistado uma maratona sem antes passar pelo processo de vencer um quilômetro de cada vez, sem que melhorasse a sua condição física em etapas e toda preparação possível na rotina, na alimentação, no sono, etc.

O que você pode fazer hoje:

– Tomar hoje um copo a mais de água.

– Ler algumas páginas de um livro. 

– Fazer 30 minutos de exercícios.

– Comer uma fruta. 

– Evitar a compra de produtos embalados em plásticos.

– Arrumar sua mesa de trabalho.

O tal do hábito carrega, ao mesmo tempo, o poder de transformar, renovar, repetir, desafiar e melhorar, tudo o que te torna um pouquinho além do que você foi ontem. O hábito não é uma lista de tarefas a qual você deve dar “check” para que se sinta produtivo, mas sim uma tradução do seu comportamento em pequenos atos. 

Conte com a Habital para compartilhar a trajetória pelo seu melhor.

Deixe que novos hábitos te habitem. 

O seu corpo, sua mente e o planeta serão eternamente gratos.